Resenha crítica - Normal ou patológico em pscicopatologia clínica

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Resenha crítica - Normal ou patológico em pscicopatologia clínica

No texto de Adalberto Tripicchio, podemos ver um confronto de conceitos tentando explicar a "normalidade" e "anormalidade". Porém chega a ser em vão tentar separar "meio" de um todo. Pois, por mais que se tente em cada âmbito social, em cada contexto os conceitos se perdem. Por que o que para alguns é "certo" para outros é "errado".

Desde crianças somos doutrinados por diversas "entidades" e, a partir dessa nossa bagagem que acumula-se ao longo dos anos, fazemos nossas escolhas. No entanto, não existe apenas uma doutrina, apenas um contexto, apenas um escolha. Dessa forma, em contextos sociais diferentes as normas são diferentes. E fica muito difícil restringir o que é uma patologia psiquiátrica apenas pelo conceito de normalidade.

Em certas culturas casar-se com mais de uma mulher é comum (essa sendo a norma), em algumas doutrinas a auto-multilação é a norma (Opus dei, por exemplo). Não se pode dizer, portanto, que é "coisa de louco" se auto-agredir, não se pode dizer que é "anormal" comer insetos. Nós podemos afirmar que em cada contexto social existe uma "curva de Gauus", em que os componentes da curva, embora diferentes entre si, estão dentro de uma normalidade. E os "pontos fora da curva" seriam os "loucos", mas pra cada curva existiriam seus próprios loucos.

Então, demonstra-se no texto o quão intricada é a rede de relação que participamos. Para ser "normal" ou "sadio" você deve estar na curva a que fazemos partes, pois em outras curvas (contextos/circunstancias) não nos enquadramos nos padrões, seremos loucos. Por esse modo de pensar, a loucura parece ser um questão de estatística.

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