Resenha Cidadão Kane

RESENHA CIDADÃO KANE Vencedor do Oscar de melhor roteiro original e indicado em outras oito categorias, Cidadão Kane (1941), dirigido, roteirizado e protagonizado por Orson Welles é um longa-metragem que conta a história da vida do jornalista Charles Foster Kane. Sua forma de narrativa não linear, inovação para a época, exige muita atenção do espectador para colocar em ordem tudo o que está sendo apresentado. O filme começa com a imagem da enorme mansão do milionário, chamada Xanadu. A história tem início em forma de documentário, mostrando resumidamente o que será contado a seguir. Na primeira cena do filme podemos ver o jornalista segurando uma bola e dizendo “Rosebud”, palavra esta que é a responsável pelo desenrolar de toda a trama. Em seguida ele a solta, uma enfermeira entra no cômodo onde ele estava, e constatamos que o homem está morto. Thompson, repórter, começa uma investigação sobre a vida de Kane para descobrir o significado da última palavra dita por ele, sai em busca de pessoas que conviveram com ele, e ao mesmo tempo levanta passagens da vida do magnata da imprensa, através do que lhe é contado. Cada uma das pessoas conhece o personagem de uma maneira diferente, as cenas vêm e vão de acordo com os fatos contados, e não obedecem a uma ordem cronológica. Usando a técnica de flashback, é mostrada a vida de Kane desde a infância, quando sua mãe, Mary Kane, dona de uma pensão, inesperadamente, recebeu de um inquilino inadimplente a escritura de uma mina abandonada e supostamente sem valor, mas que viria a ser uma das maiores do mundo, e o mandou para ser educado por Walter P. Thatcher, que o preparou para a vida pública e de poder. Logo Kane compra um jornal a princípio não muito promissor, e se torna um jornalista rodeado de interesses, luxo, fama e ambições. O império do jornalista englobava 37 jornais, dois sindicatos, uma rede de rádios, rede de armazéns, fábricas de papel, prédios, fábricas, florestas e transatlânticos. Kane se casou