Resenha Cartas a um jovem terapeuta
CALLIGARIS, Contardo. Cartas a um jovem terapeuta: reflexões para psicoterapeutas aspirantes e curiosos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Em seu livro “Cartas a um jovem terapeuta”, o autor, Contardo Calligaris, inicialmente, vai deixando claro ao leitor, os passos e as características mais importantes para os já formados e os futuros psicoterapeutas e também aos aspirantes e curiosos que queiram identificar ou desmistificar a profissão, como vemos logo na primeira carta “Para ser um bom psicoterapeuta, é útil que a gente possua alguns traços de caráter ou de personalidade que, dito aqui entre nós, dificilmente podem ser adquiridos no decorrer da formação: melhor mesmo que eles estejam com você desde o começo” (CALLIGARIS, 2008, p. 3).
Já no capítulo que trata da formação, ele comenta sobre as pessoas que já no meio da vida e que tiveram uma formação diferente da psiquiatria e psicologia e que decidiram se tornar psicoterapeutas, recomenda que não precisam voltar aos vestibulares ou aos bancos de uma universidade, basta, simplesmente, escolher uma instituição e começar sua formação, pois não constitui um decisivo impedimento, porém, ele acrescenta : “ se você estiver decidindo se tornar psicoterapeuta na hora de escolher sua faculdade, escolha sem hesitar ou psicologia ou medicina e psiquiatria.” (CALLIGARIS, 2008, p. 60).
Passando pelos capítulos, Calligaris continua a elencar as características de um bom terapeuta, pois segundo o ele “é preciso possuir simpatia, atração por todo tipo de gente, curiosidade e respeito pela variedade humana, gosto pela palavra e pela escuta”. Sem deixar de abordar, de forma bem clara, alguns temas que podemos classificar como polêmicos, a exemplo de paixões entre pacientes e terapeutas, pagamentos, preconceitos, entre outros.
Em sua penúltima página, o autor nos deixa uma última recomendação “seja humilde. Não quanto aos efeitos e resultados que você espera de seu trabalho. Mas seja