Resenha cartas a um jovem terapeuta
Gabriela Litvin de Avellar – FURG
Susana Inês Molon - FURG
Resumo
A teoria sócio-histórica considera o jogo do faz-de-conta como uma atividade fundamental para o desenvolvimento psicológico da criança. Com o avanço das pesquisas sobre o desenvolvimento humano, observa-se que o ato de brincar vem conquistando mais espaço tanto no âmbito familiar quanto no educacional. No Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), a brincadeira está assentada como um dos princípios fundamentais, defendida como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação entre as crianças. Desta forma, as pesquisas sobre esta atividade têm um papel central nos esforços para a caracterização e compreensão dos sujeitos no decorrer do seu desenvolvimento e para os processos de ensino-aprendizagem das crianças de seis anos que estão ingressando no ensino fundamental de nove anos. Neste trabalho, pretende-se olhar a temática da brincadeira e destacar a importância do faz-de-conta para o desenvolvimento e o processo de aprendizado das crianças em idade escolar. Para tanto, serão analisados quatro episódios de situações observadas em sala de aula de uma turma do primeiro ano do ensino fundamental de nove anos da Escola Municipal Cidade do Rio Grande vinculada ao Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente. Este estudo faz parte de um projeto de pesquisa desenvolvido pelo Laboratório de Pesquisa e Estudos em Psicologia Social – LAPEPSO, da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Tenta-se aproximar das experiências e vivências de algumas crianças, em busca, além das relações que se estabelecem entre elas na escola e no cenário de suas vidas; compreender as suas brincadeiras, os jogos, a imaginação e a criação, os diálogos no contexto de ensinar e aprender. Considera-se fundamental o reconhecimento da importância do