Resenha Cartas a um Jovem Terapeuta
Calligaris (2008) aborda no primeiro capítulo do livro a questão da orientação vocacional, partindo do princípio de que para se tornar psicoterapeuta é necessário que o indivíduo tenha determinados traços de caráter e personalidade que o habilitarão a lidar com diferentes tipos de pacientes e situações levantadas em terapia. O autor pontua que a pessoa que está considerando seguir a profissão de psicoterapeuta deve avaliar se tem pontos em sua personalidade como, por exemplo, uma certa singularidade, de maneira que não apresente preocupação em ser uma pessoa inserida nos padrões sociais. Segundo o autor, isto pode fazer com que o indivíduo contemple sem julgamentos a diversidade das condutas humanas. Além disso, Calligaris (2008) diz que se o candidato à psicoterapeuta tem aptidão para a fala, apresenta o hábito de ser carinhoso espontaneamente, não quer necessariamente ser admirado e presenteado por outras pessoas, além de ter uma curiosidade natural acerca de diferentes condutas que as pessoas