Resenha - Aquisição da Linguagem e Gramática
O fascínio que a palavra exerce sobre o homem é notável e bastante antigo. Inicialmente provocados por questões religiosas, os estudos da língua realizados até o fim do século XIX fomentam pesquisas e estimulam o debate acerca de teorias da linguagem até hoje. Discutiremos a respeito das escolas gerativa e estruturalista, comentando sobre sua gramática e perspectiva no que concerne à aquisição da linguagem, bem como sobre a influência das escolas citadas anteriormente em estudos atuais. Ao longo da história, o desenvolvimento infantil da linguagem promoveu uma série de debates e indagações. Os primeiros relatos que chegaram até nós datam do século VII a. C. e discorrem sobre as primeiras palavras emitidas pelas crianças ou a que condições elas devem se submeter para desenvolver a fala. No século XX, Noam Chomsky relaciona a natureza da linguagem à estrutura biológica humana, propondo a existência e “o funcionamento de um órgão mental particular responsável pelo funcionamento da linguagem humana”. Enquanto teóricos behavioristas afirmavam que a aquisição da linguagem seria fruto da exposição ao meio e causa de mecanismos comportamentais como reforço, estímulo e resposta; Chomsky vai dizer que o convívio social é o gatilho que aciona a faculdade da linguagem, esta já prevista na estrutura biológica humana. Desta forma, Chomsky afirma que toda criança “é capaz de dominar um conjunto complexo de regras ou princípios básicos que constituem a gramática internalizada no falante”. Em contrapartida Saussure por considerar que a langue “constitui um sistema linguístico de base social”, ou seja, “que constitui um fenômeno coletivo sendo compartilhada e produzida socialmente”, não vai considerar “o uso individual do sistema”, a parole. Sendo assim, para ele “o estudo linguístico deve deixar de lados os aspectos interativos associados ao ato concreto da comunicação [...] restringindo-se a observar o conhecimento