Aquisição da linguagem
AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
MIGUEL MITOMARI LEONE FREITAS
PROFESSORA MESTRA DARIANA NUNES
Kail, Michèle - Aquisição de linguagem - 1. ed. - São Paulo: Parábola, 2013.
RESENHA
Aprender a falar é, definitivamente, a principal etapa do desenvolvimento cognitivo de um individuo. A origem da aquisição da linguagem tem sido objeto de estudos linguísticos há séculos, porém, apenas no século passado começou a ser alvo de estudos categóricos e minuciosos. Os primeiros estudos sistematizados conhecidos foram registros detalhados em diários, geralmente feitos pelos pais, da evolução na aquisição da fala da criança em certo período de tempo. Esses estudos de diários são bastante importantes por formarem um banco de dados sobre o desenvolvimento da linguagem de crianças em épocas remotas. Logo após, aconteceram os “estudos de extensas amostras” de linguagem que se concentravam no desenvolvimento linguístico da criança. Nessa fase o objetivo era observar os padrões linguísticos em larga escala. Diferentes dos estudos de diários envolviam um grande número de indivíduos e analisavam uma parte específica da aquisição da linguagem. A principal contribuição desses estudos foi à identificação de padrões linguísticos específicos, que contribuíram para análises linguísticas mais detalhadas. A partir dos anos de 1960, linguistas passaram a estudar a aquisição da linguagem sistematicamente, se norteando através de padrões linguísticos na fala das crianças. Os debates entre Skinner e Chomsky e entre Piaget e Chomsky abriram novos horizontes nas investigações, priorizando a análise do desenvolvimento linguístico da criança a partir de dados coletados por um longo período de tempo, em intervalos pré-estabelecidos, depois comparados com dados de outras crianças aprendendo a mesma ou outras línguas. É enorme o avanço, nos últimos 50 anos, que as pesquisas sobre a aquisição da linguagem têm feito, porém não existe uma teoria ou abordagem definitiva acerca do