Aquisição da linguagem
O gerativismo baseia-se na tese de que existiriam três tipos de ideias: as ideias adventícias (vindas de fora), as fictícias (aquelas criadas) e as inatas (pré-determinadas), sendo que as ideias que formariam esse último grupo não poderiam ser explicadas pelas experiências sensoriais, dado que, por serem inatas, seriam necessariamente universais.
A linguagem, nessa concepção, não pode ser confundida com um tipo de habilidade. É justamente o uso criativo da linguagem que evidencia que não é uma questão de habilidade que entra em jogo quando uma pessoa utiliza a linguagem. Esse é o principal argumento, e talvez o mais contundente, de Chomsky em sua crítica à teoria comportamentalista desenvolvida por Skinner. Nessa abordagem Chomsky situa os estudos da linguagem humana no campo da cognição, posicionando-se contra a corrente teórica que afirmando que a linguagem humana é diferente de tudo o que se pode ensinar por condicionamento. Nesse sentido, pode-se dizer que o uso criativo da linguagem não se limita ao estabelecimento de analogias, mas reflete a capacidade do ser humano de fazer uso da linguagem no seu dia-a-dia.
A partir disso, Chomsky propôs construir uma teoria identificando as propriedades da linguagem humana, em um sentido abstrato, objetivando buscar explicar como ela é de fato, sem defini-la fisicamente (biologicamente). Chomsky incorpora na sua teoria aspectos do estruturalismo bloomfieldiano que foca na segmentação “do todo em elementos constitutivos e define cada um dos seus elementos pelo lugar que ocupa no todo e pelas variações e substituições possíveis nesse mesmo lugar".
A linguagem é, na perspectiva da teoria gerativa, um conjunto de representações mentais. Chomsky considera a língua um conceito político e a linguagem algo demasiadamente amplo. Diante disso, Chomsky estabelece duas