O Estado Moderno não é uma organização natural e não surge simplesmente a partir da necessidade do estabelecimento de regras para pautarem a vida em sociedade. O Estado Moderno começa a se estruturar dada a uma série de mudanças ocorridas na Europa no século XVI. A ascensão da burguesia tornou cada vez mais necessária a centralização do poder monárquico, visto que dessa forma estabeleceriam-se padrões monetários, leis e cessariam-se as guerras internas, trazendo segurança aos comerciantes. Além disso, para a monarquia, a aliança com a burguesia traria os recursos financeiros necessários para manter o aparelho militar, propiciando aos reis o efetivo exercício do poder coercitivo sobre a população e uma melhor dominação do território. Logo, a centralização era fundamental para atender a diversos interesses e demandas. Com a estruturação dos novos Estados e a centralização do poder, a partir dos Tratados de Westfália, surgem as relações entre estados, que é o que hoje chamamos de relações internacionais. Em Westfalia, inicia-se o conceito de soberania de cada Estado. Também surge a diplomacia, facilitando a relação entre os Estados, sendo um mecanismo que passou a pautar as relações nesse sistema e possibilitou que estes optassem entre o conflito ou a cooperação. O Estado Moderno, centralizado e soberano foi formado. Entretanto, a ideia de nacionalismo surge primeiramente com a Revolução Francesa. Nela, o nacionalismo possibilitou que a França fosse superior militarmente, já que lutava motivada por ideais e pela sua nação. Portanto, esse sentimento cria a ideia de nação, na qual os indivíduos que vivem em um determinado território e possuem as mesmas características linguísticas e culturais ficam ligados por uma ideia e por um sentimento de pertencimento aquele Estado, o que acaba fortalecendo-o. Instaura-se então o “Estado-Nação”, que é mais do que a união política e monetária delimitada por um território,