Relações Internacionais
Ele cita ainda a importância dessas relações que passou a ser verdadeiramente reconhecida no início do século XX e que, anteriormente, até o período pós Primeira Grande Guerra Mundial era tarefa de diplomatas, historiadores e juristas. Porém, com o objetivo de fazê-las mais amplas foram incentivados estudos autônomos e específicos que pudessem mostrar visões diferenciadas destas, mesmo que influenciadas por bases e princípios variados.
O pioneirismo britânico e norte americano então se dá pela vontade da manutenção do poder diante de um mundo agora influenciado por constantes mudanças; levando ao surgimento de efeitos acadêmicos e políticos consideráveis dentro das relações internacionais atuais como o acúmulo de poder e a luta pela preservação da hegemonia.
Ambas as nações visavam definir o objeto das RI, assim como trabalha-lo na ciência. Nos EUA voltava-se a ideais e influências da Ciência Política, visando a resolução de problemas concretos que poderiam ocorrer ao Estado devido a especulações públicas. Já na Inglaterra, eram trabalhadas junto a segmentos universitários e diplomacia, considerando também aspectos culturais e mais diversificados.
Gonçalves destaca o equívoco relacionado a uma definição universal de tais relações, utilizando argumentos próprios e que remetem a estruturas e críticas realistas, liberais e marxistas, utilizando igualmente teóricos como Maquiavel, Hobbes, Kant e Hegel. Para ele, mesmo o leque mais exótico de definições não seria suficiente para que uma única teoria seja intocável e imutável, já que todas elas são baseadas em pensamentos individuais ou coletivos concretos,