Relações emocionais
- DOIS POLOS DE FORMAÇÃO DE GRUPO
Desde o início da nossa discussão da experiência do recém-chegado supusemos uma pessoa capaz de crescimento intelectual e emocional. Com relação ao último, supusemos que suas ligações emocionais fossem capazes de expansão, um termo que significa que a pessoa tenha a capacidade para ultrapassar o princípio do prazer em suas relações com os outros e com o grupo, que além de respeitar seu código pessoal, respeite o código dos outros, que além dos seus objetivos individuais aprecie a importância da realização de um objetivo coletivo. Do ponto de vista da sociologia, a ligação ampliada significa progressivo impresso em papéis. Do ponto de vista da pessoa, significa uma transformação de uma orientação narcisista, cujo objetivo é a satisfação apenas do eu, para uma orientação generativa, cujo objetivo é estimular o desenvolvimento das capacidades do eu, de outros e do grupo.
Como polos opostos, a orientação narcisista e a generativa podem ser aplicadas a posição que as pessoas adquirem com relação aos grupos.
Semelhante a suposição do recém-chegado é a suposição de que o grupo como um todo tem a capacidade para ampliar suas ligações emocionais. Supomos que os membros do grupo, considerados coletivamente, sejam capazes de ultrapassar o princípio do prazer que sejam capazes de responder às necessidades mútuas, respeitar ideias normativas, apreciar o objetivo do grupo, capazes de cuidados mútuos e de aceitar desejos quanto àquilo que o grupo pode vir a ser. Isso significa que a emoção do grupo se liga novos níveis e novos sistemas de papéis e se difunde por toda amplitude de elementos do grupo.
Também aqui podemos pensar em dois polos contrastantes: o narcisista, onde a emoção do grupo se organiza em torno de satisfação, e o generativo, onde a emoção do grupo se difunde simultaneamente para o grupo como um todo , e se mobiliza e torno de um sentimento de responsabilidade pelo seu futuro.
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