Relação entre Professor e Aluno
Analisamos duas situações em diferentes escolas, a relação que as professoras mantêm com seus alunos:
Chamaremos estas situações de Cena 1 e Cena 2, ambas do 2º ano do Ensino Fundamental, em escolas municipais.
Cena 1 – Esta escola fica em um bairro de baixa renda, local onde as crianças têm problemas afetivos, sociais, culturais e de aprendizagem. A professora mantém uma relação baseada no medo, na ameaça, de maneira ríspida ao tratar os alunos e muitas vezes com a voz alterada. Passa o conteúdo sem se preocupar de que seus atos refletirão de maneira negativa no desenvolvimento das crianças, como ressalta Barbosa (2009, p 80) “não precisamos de cabeças cheias, mas de cabeças capazes de pensar, de fazer relações, reflexões e de colocar ideias em movimento, tornando-as realidade”. A professora se queixa muito quanto a parte burocrática e relatórios que deve apresentar toda semana para a equipe de gestão escolar, o qual preocupa-se em priorizar a parte burocrática e acabam deixando o conteúdo, que seria o mais importante, de lado. Alega-se a falta de tempo para vencer o conteúdo. Neste ambiente escolar, pudemos observar que não está baseado no diálogo, onde os “erros” dos alunos não são vistos como parte do processo de aprendizagem. Simplesmente os símbolos falados e escritos são colocados na lousa para o aluno, não é explicado. Se o aluno não faz, por dificuldade, depois é copiado da lousa o resultado. Quando o aluno “erra”, o mesmo é exposto ao restante da sala. Cena 2 – Esta escola também é da periferia, porém os alunos vivem em condições um melhores, tanto no âmbito afetivo como social e cultural. Poucos alunos com dificuldades de aprendizagem.
A professora, neste ambiente escolar, realiza uma atividade pedagógica prazerosa e tem um lado afetivo muito bom com as crianças. Demonstra carinho e seu intuito de favorecer a aprendizagem de seus alunos e a condução da autonomia de cada um na sala.