Relação de trabalho x relação de emprego
A noção de trabalho é sempre relacional. Pensado como individualidade, ou subjetividade, o homem não é um universo autônomo que se baste a si mesmo. Ele precisa sair de si e ir ao mundo para pode realizar-se, como no mais o faz todo ser vivo. Portanto o isolamento do homem há de ser rompido sua ida ao mundo em função de necessidades básicas a sua manutenção.
A relação de trabalho além de ser homem-mundo, isto é, entre o sujeito e o objeto, é também uma relação homem-homem e, portanto, intersubjetiva. Além de prover a própria subsistência, o homem provê a subsistência de outros homens, seja isto seu próprio fim, seja ela meio para isto. Este trabalho pode ser realizado de modo livre, quando o trabalhador se torna uma espécie de comerciante do produto de seu trabalho ou de modo coagido, quando o trabalhador é impelido por outrem a produzir algo. Pelo trabalho o homem se vincula, se relaciona com o mundo físico e com o mundo cultural de todos os homens.
Transformação histórica da relação de trabalho
As relações de trabalho se sucederão, no curso da história, em basicamente cinco fases: regime da escravidão, regime da servidão, regime das corporações, regime das manufaturas e finalmente, regime do salariato.
A relação de trabalho sob o regime da escravidão se estabelece entre o senhor e o escravo. O senhor é sujeito de direitos, titular de um domínio, um direito de propriedade sobre o escravo que é res, coisa, ou seja, O ESCRAVO NÃO TINHA DIREITO ALGUM.
No regime da servidão(feudalismo), havia o senhor e o servo. O direito de propriedade do senhor feudal se exerce sobre a terra, o que lhe dava direito sobre o produto do trabalho do servo instalado em sua terra em troca de proteção.
No final da Idade Média surge um novo modo de relação de trabalho, o regime das corporações. A relação de trabalho é travada entre mestre e aprendiz, com surgimento posterior do companheiro.Estabelecia estrutura hierárquica, regulava a capacidade produtiva e regulamentava