Relatório: O Museu Histórico como agente da Ação Educativa
RODRIGUES, Ana Ramos. O Museu Histórico como agente da Ação Educativa. Revista Brasileira de História e Ciências Sociais, v. 2, nº 4, p. 215-222, dezembro de 2010.
O artigo “O Museu Histórico como agente da Ação Educativa” discorre sobre a função social do museu na construção e propagação da memória histórica, sua relação com a sociedade e o papel educativo dos museus e instituições de ensino nessa prática.
Muitos dos museus contemporâneos se apoiam em uma expografia puramente contemplativa que inibe a reflexão crítica ao fetichizar os objetos ao invés de focar no contexto histórico e cultural que os permeiam. O artigo salienta que essa noção crítica deve ser previamente passada aos alunos para que eles tenham uma maior capacidade de análise ao se depararem com os objetos expostos. Isso deve ser realizado pelas próprias escolas como também através de programas educativos dos museus em questão.
O conhecimento científico é um conhecimento pautado no questionamento, análise crítica, constante teorização e testes. Baseia-se nos fatos e aos fatos sempre recorre para afirmar suas respostas. A história talvez seja uma das ciências que mais necessita de fatos para sustentar sua própria existência. Ela baseia-se em acontecimentos ou pedaços de acontecimentos para tentar preencher o nosso passado.
Durante muitos anos os museus históricos apresentaram suas exposições idolatrando um passado inalcançável e distante do presente. Um passado congelado, extretamente factual, que tem o papel de doutrinar e ensinar. Não se deveria questionar o passado, apenas absorvê-lo.
Hoje se percebe que muitas vezes o segredo de uma exposição de caráter histórico se encontra não no que está exposto, mas sim do que não está: minorias silenciadas pela memória dominante, esmagadas e varridas para debaixo do tapete; a apropriação de relíquias e artigos de outras culturas denominadas exóticas. A memória é um dos fatores preponderantes da construção da identidade, logo ela funciona