Resenha do texto "tempo narrativo: a questão da porta do inferno"
De acordo com Krauss, a escultura de Rodin marca uma forte ruptura com o modelo neoclássico vigente na época, ele se afasta da idéia de relevo narrativo sustentado e imortalizado na obra “Marselhesa” de François Rude A distorção dos corpos, a preocupação com a expressão e o movimento (por vezes abrindo mão da preocupação anatômica perfeita) e a tridimensionalidade de suas peças, inversa a convenção de construir relevos. Outra característica da escultura de Rodin, também presente nos trabalhos de Rosso era um trabalho final sem grandes acabamentos, deixando as marcas da produção dos objetos, dedos amassados... “ (...) a marca de um objeto pesado que raspou a argila ainda úmida aplainando e apagando seu desenvolvimento anatômico, fazendo com que a superfície testemunhasse unicamente o fato de que algo passou sobre ela debastando-a.”.
No âmbito da escultura a autora também cita Gauguin e Matisse. Três artistas que assim como Rodin, e também seguindo seus passos, trabalharam a escultura de forma não convencional.
No nosso processo de produção em sala esse bimestre tivemos a oportunidade de trabalhar a figura humana em movimento, a experiência de marcar a argila e deixa-la marcada (enfatizando o processo de criação), a preocupação coma expressão e o movimento... Sem a preocupação de manter uma ligação direta com a realidade ou com qualquer tipo de narrativa.