reinventando
As relações sociais em seu interior preparam os indivíduos para aceitar e incorporar sem muitas fricções ás relações de produção ou, mais exatamente, as relações ou ao processo de trabalho dominante. A diminuição do trabalho industrial, as novas estratificações profissionais, a instabilidade do emprego, a precarização dos assalariados embaralharam as antigas fronteiras e referências. O movimento operário não pode mais ser considerado o motor principal da mudança social. E a análise em termos de classe não pode mais, sozinha, explicar a organização da sociedade e seus conflitos. Na verdade, a desarticulação das relações de produção e de reprodução gera novas desigualdades e novas formas de dominação que deslocam as linhas de clivagem. Os "competitivos", assalariados dos setores altamente produtivos, os "protegidos", essencialmente membros do serviço público, os "precários", empregados com contratos temporários e os "excluídos", mais ou menos beneficiários da proteção social, estão engajados em uma "luta por lugares" que suscita tensões, mobilizações e alianças móveis. A luta dos lugares confronta a pessoa em situação de dificuldade com uma imagem negativa que estabelece uma contradição entre o que lhe é necessária ser para se fazer reconhecer socialmente e a identidade que lhe é atribuída. O desempregado, o desvalido sem domicílio, o inativo sem utilidade, o exilado sem pátria, o prisioneiro a quem se nega o nome ao se chamar por uma matrícula, o imigrante sem direito¼ são todos definidos por uma falta. Na escola continua sendo um espaço alienado e que continua esse processo de exclusão e opressão dos mais pobres, isso vem desde sua origem só que antes isso era escancarado e hoje e mascarado pelos meios de comunicação burguês que temos. Quanto aos espaços de debates, eles favorecem a construção desse viver junto de iguais e diferentes, reconhecendo ao Outro,