Teatro
Introdução à analise do teatro
Existe uma especificidade do texto de teatro?
1.Isso não é teatro! Entre as exclamações radicais ouvidas nos tempos atuais à saída dos teatros, há algumas que nos deixa perplexo: “ Isso não é teatro ”, “ Será que é um texto de teatro?,” você acha que é representável? “ .Dai o debate sobre o tratamento normativo ou as regras de um roteiro. Quando ainda se acredita na onipotência do texto “ a peça bem feita” do século XIX propunha uma demonstração de virtuosismo baseada numa arte da composição de que devia muito as receitas do oficio e a convicção de que era preciso “ funcionar” junto ao espectador. Fazer teatro de tudo, de acordo com a bela formula do direto Vietz, significa que o matéria antecede a cena, por tanto o texto é transformável. A formula foi interpretada também de outra maneira, ”fazer teatro de tudo” é fazer teatro do nada, ou de pouca coisa. O espetáculo prevaleceu sobre o texto, o desejo de definir de um ponto de vista teórico uma espécie de principio do texto teatral retorna com a nostalgia dos textos “à antiga”. Aqui nos limitaremos a colocar alguns grandes eixos de reflexão que continuam a alimentar os debates, uma vez que, como foi dito, não daremos definição normativa do texto teatral.
2. os gêneros
A classificação das obras por gêneros é uma preocupação dos doutos do século XVII,muito ocupados em regulamentar a escrita.Autores e críticos apaixonam-se pelos debates teóricos sempre que uma obra se afasta das normas fixadas, sobretudo quando elas permitem a interpretação.Os grandes autores aparentemente respeitam os gêneros,mas gosta de explorar seus limites,como se a cada vez reinventassem formas mais sutis ou jogassem com a liberdade da escrita.Os gêneros não concernem apenas as formas da escrita mas também, por intermédio das personagens em ação, à natureza dos temas tratados. A tragédia é oficialmente o gênero mais apreciado porque devolve aos espectadores uma imagem