Resenha - Reinventando as Humanidades
Renata Reale Oliveira Santos1
Reinventando as Humanidades2
Sérgio Paulo Rouanet nasceu no dia 23 de fevereiro de 1934, na cidade de Rio de Janeiro. É um diplomata, filósofo, professor universitário, tradutor e ensaísta brasileiro. É membro da Academia Brasileira de Letras desde 1992. Em sua extensa produção ensaística e filosófica, tem destacado a importância do iluminismo, como presente no livro “As Razoes do Iluminismo”, publicado em 1987. O texto abordado expressa à importância no processo de reflexão, cujo objetivo final é a construção de um novo humanismo, fala da razão contra o combate iluminista, uma crítica da razão sem racionalismo. Crítica o modelo político e econômico implantado pelo regime autoritário, nos três vértices: dependência externa, autoritarismo e o elitismo.
O Rouanet inicia falando do surgimento da crise das Humanidades, em “Da Crase à Crise”, o autor fala da importância de reinventar as humanidades, ressalta o “Irracionalismo Brasileiro” e o “Anti-intelectualismo” pelo qual o país passou por um processo desenvolvimentista durante a sua educação na década de 50, e com a renovação é necessário uma nova política educacional e cultural. A política dizia que o Brasil não precisa só de intelectuais, mas também pessoas voltadas para a tecnologia – essa era a síntese de oposição as humanidades. A sociedade impunha que se falasse com a arte das “belas letras”, se preocupavam mais com a crase do que com a crise. Os governantes exprimiam as idéias, mas usavam a linguagem do povo, queriam o desenvolvimento, mas não concordavam com a importação de idéias fora da realidade brasileira.
Nó tópico do ensaio intitulado Um Anjo Torto, Rouanet descreve como o Brasil inovou tecnologicamente e descreve que algumas matérias humanas foram retiradas dos currículos: a filosofia, o latim, o francês e outras. Os brasileiros