Refratários
Os refratários são produtos que pertencem ao universo da cerâmica (inorgânicos, não metálicos) que possuem a característica principal de resistir às altas temperaturas (por definição, a sua temperatura de fusão deve ser superior a 1580 °C). Não devem, porém, serem apenas resistentes ao calor, mas, possuírem também outras características como: baixo coeficiente de dilatação térmica, alta resistência à compressão, impactos, saltos térmicos, e não devem reagir com as substâncias as quais venham a ter contato. Eles são usados principalmente para o revestimento de fornos industriais (para a fabricação de cal, cimento, vidro, etc.) para metalurgia, na indústria cerâmica e nas fábricas de coque. Assim como evoluiu ao longo dos séculos a tecnologia dos fornos e dos processos em que estão envolvidos (fusão de metais e vidros, queima de cal, cimentos e cerâmica, apenas para citar os principais), do mesmo modo evoluiu a tecnologia dos refratários, cuja fabricação, nos últimos dois séculos aproximadamente, se transformou em indústria. Mas mesmo em se tratando de materiais fundamentais para os produtos da civilização humana, os refratários são geralmente ignorados pelo “grande público” e também pela história da evolução industrial. É uma espécie de “indústria oculta” ou segundo um axioma americano: “a indústria por trás de todas as indústrias”, e somente há menos de dois séculos é que os técnicos se interessaram com atenção cada vez maior pelos materiais com os quais são construídos os seus fornos.
Classificações
No mercado existe uma notável variedade de produtos refratários, cuja classificação nem sempre é tão fácil. No uso dos materiais refratários, especialmente na siderurgia, é importante, por exemplo, a distinção entre substâncias ácidas e básicas. Isso porque, na produção do aço, por exemplo, o forno Martin-Siemens para afinamento do ferro gusa tem a sola ácida, enquanto o conversor Thomas possui o revestimento interno básico. Os materiais