Refratarios
O entrelaçamento histórico entre os processos térmicos de manufatura e a tecnologia dos refratários começa com a descoberta do fogo. A natureza forneceu os primeiros refratários, cadinhos de rocha onde metais eram amolecidos para a confecção das primeiras ferramentas primitivas. Quando o homem começou a dominar o fogo logo descobriu que a queima de argilas permitia que formas estáveis fossem obtidas com essa matéria-prima, caracterizada por elevada resistência mecânica. Objetos de formas variadas com diversas finalidades foram obtidas. Estava-se registrando o nascimento dos ancestrais dos refratários.
Estes materiais realmente nasceram com a metalurgia, tendo acompanhado passo a passo a evolução do seu ramo siderúrgico. Hoje, cinco mil anos mais tarde, os refratários são manufaturados a partir de variado elenco de matérias-primas, em centenas de formatos e composições químicas, viabilizando desta forma os processos de manufatura que utilizam altas temperaturas como os que praticamente envolvem a produção de todos os tipos de metais, aços, vidros, químicos, petroquímicos e cerâmicos.
O que são Refratários?
São refratários aqueles materiais capazes de suportar elevadas temperaturas. Os materiais refratários por excelência, entre outros, são as cerâmicas. Por exemplo, a fabricação do primeiro avião supersônico de passageiros, o concorde, não teria sido possível sem a utilização de um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, o nióbio: o mais leve dos metais refratários.
Para se confinar as altas temperaturas dentro dos fornos, reatores e inúmeros outros equipamentos são necessários revesti-los com materiais que, além de apresentarem estabilidade, tanto física quanto química às temperaturas, deve possuir ainda outras propriedades.
Assim, muitas vezes, têm que ter resistência a quente, à abrasão, à erosão, ao ataque químico por sólidos, líquidos ou gases e às variações bruscas de temperatura. Seu emprego se faz necessário em temperaturas