Refratarios
Térmicos
Waldir de Sousa Resende | wsresende@ibar.com.br
A
Tipos de Materiais Refratários
lguns processos industriais atingem temperaturas superiores a 500°C. Em muitos casos, eles podem conter atmosferas com gases corrosivos (SOx;
Nox, Cl2; H2; vapores alcalinos etc.), além de componentes líquidos e cargas sólidas.
Os revestimentos usados nestes processos devem, portanto, serem capazes de suportar as solicitações térmicas, químicas, mecânicas durante a sua vida útil.
Para atender tais demandas, os materiais refratários são os mais adequados e estáveis devido às suas propriedades físicas e químicas. Como exemplo, podemos citar a indústria petroquímica onde são processados diversos tipos de hidrocarbonetos gasosos. Já na indústria siderúrgica, a maioria dos equipamentos usados para a fabricação de ferro e aço processa o metal na forma líquida. Outro exemplo são os fornos rotativos da indústria de cimento, que produzem clinker sólido, para a produção do cimento Portland.
Os materiais refratários são usualmente classificados em dois grandes grupos: conformados e não conformados (monolíticos).
Os primeiros são representados principalmente por tijolos – eles adquirem uma forma específica através da conformação em prensas hidráulicas e/ou outro processo de formação mecânica.
Os monolíticos são produzidos tanto na forma de agregados secos como no estado úmido, e geralmente embalados em sacos de papel ou de plásticos. Ambos são constituídos por uma distribuição de agregados grossos (até 10 mm) e partículas ultrafinas, a qual é normalmente reconhecida como matriz. Entre os materiais conformados, os mais tecnologicamente avançados são os produtos ligados a resina, representados pelos produtos básicos a base de magnésia-carbono. Estes são os mais usados nas usinas siderúrgicas devido a sua altíssima resistência química e térmica, além de outras propriedades termomecânicas.
Entre os monolíticos, destaca-se um