concreto
O concreto de alto desempenho é uma evolução dos concretos produzidos ao longo dos anos. Um maior controle na seleção dos materiais e nas etapas de dosagem, mistura, adensamento, transporte e cura, aliado ao uso preciso de aditivos químicos e minerais, permite a produção concreto com propriedades melhoradas.
O concreto de alta resistência, como era denominado nos anos 70, hoje é definido não somente em função de sua resistência superior, mas principalmente destaca-se uma menor permeabilidade, maior resistência ao desgaste e abrasão, enfim, maior durabilidade. De acordo com Mehta (1996), a busca por um concreto com maior durabilidade está presente em cerca de 75% das obras em concreto de alta resistência.
O Americam Concrete Institute, através do Comitê 201 (1994), define a durabilidade de um concreto como sua habilidade para resistir às ações atmosféricas, ataques químicos, abrasão e outros processos de deterioração.
As ações atmosféricas referem-se aos efeitos ambientais, tais como exposição aos ciclos de molhagem secagem e congelamento e descongelamento. Os processos de deterioração química incluem ataques de substâncias ácidas e reações de expansão, tais como reações de sulfatos, reações álcali-agregados e corrosão de armaduras de aço no concreto.
Deve-se enfatizar que, para adquirir baixos valores de permeabilidade, é necessária uma mistura densa acarretando uma maior resistência. Ou seja, estas duas características encontram-se intimamente ligadas. Neville (1997) destaca que o concreto de alto desempenho não é somente um concreto com altas resistências à compressão, mas que também possui alto módulo de elasticidade, alta densidade, baixa permeabilidade e resistência aos ataques do meio externo. Mehta e Aïtcin (1990) definem o concreto de alto desempenho como um material que possui alta rigidez e estabilidade dimensional e, principalmente, baixa permeabilidade.
O uso de diversas terminologias para designar o mesmo material,