Reflexão sobre epistemologia do trabalho docente
DO EXCESSO DOS DISCURSOS À POBREZA DAS PRÁTICAS, aponta: • Excesso de retórica política à pobreza das políticas educativas. • Excesso de linguagem dos especialistas internacionais à pobreza dos programas de formação. • Excesso do discurso científico à pobreza da prática pedagógica. • Excesso de vozes dos professores à pobreza das práticas associativas.
Que estamos vivendo a era da educação pragmática e utilitarista (útil ao mercado regido pelo neoliberalismo) é fato.
A linha de produção de montagem do trabalhador / consumidor para ter as competências para o trabalho – há alguns anos informatizado ou informatizando-se. A “revolução tecnológica” precisa desta capacitação. Agora precisamos produzir um trabalhador / consumidor com um pouco mais de flexibilidade mental, não só capaz de repetições como até a década de 80. Mas essa formação continua diretamente ligada à classe social. Se o indivíduo nascer do lado que controla o capital será formado a dar continuidade a isso, necessário desenvolver neste indivíduo espírito crítico, capacidade de análise e habilidades de pensar; se nascer da classe proletária sua formação será bem rasinha para mantê-lo em tal classe, uma formação onde o fazer é mais valorizado que o pensar crítico, mas que a partir da década de 90 é interessante agregar um pouquinho mais de habilidade de leitura, interpretação, tomada de decisão, interesse por adquirir novas habilidades, disposição para novos aprendizados, enfim o que atenda à solicitação do mercado.
Aliás, estudando este assunto, fui buscar o significado de proletário no dicionário e encontrei estes: 1. na Roma antiga, servia à Republica principalmente para a procriação de filhos. 2. O que vive de trabalho manual e mecânico. Acho que se o proletariado (operário) soubesse desse significado, sua forma de pensar ou ao menos de “produzir” filhos para alimentar o sistema iria mudar.