Fichamento A Epistemologia
13. A Epistemologia
1. O conhecimento como problema
Ninguém pode negar que a escola é por excelência um local em que - bem ou mal - circula o conhecimento. No entanto, deixaríamos mais de um professor em dificuldades se lhes perguntássemos: O que é conhecimento? Como conhecemos? Qual a origem do conhecimento?
Alguém poderia dizer que tais questões são irrelevantes por não dizerem respeito à atividade efetiva do professor em sala de aula.
No entanto, quando o professor seleciona o conteúdo da disciplina que vai ensinar durante o ano letivo, quando decide pelo método e pelos procedimentos de ensino, quando enfrenta as dificuldades de aprendizagem dos seus alunos na verdade está pressupondo aquelas questões epistemológicas.
2. A teoria do conhecimento
Quando falamos em conhecimento, estamos designando o ato de conhecer como uma relação que se estabelece entre a consciência que conhece e o objeto conhecido, mas podemos também estar nos referindo ao produto, ao resultado desse ato, ou seja, ao saber adquirido e acumulado pelo homem.
Embora os dois aspectos sejam importantes, costumamos enfatizar o segundo quando atribuímos à escola a tarefa de transmissão do conhecimento, descuidando muitas vezes das questões relativas às formas pelas quais é construído o saber.
Para os modernos, a realidade é vista como um problema no sentido em que passa a ser necessário investigar primeiro a respeito da origem do conhecimento (qual é a fonte do conhecimento?) e a respeito do critério de verdade (o que permite reconhecer o verdadeiro?).
Derivam dessas indagações duas linhas - o racionalismo e o empirismo-, que marcam daí em diante, a reflexão filosófica. O racionalismo tem sue maior expoente em Descartes, e o empirismo, em Locke e Hume.
O Inatismo
Para Descartes, por exemplo, as idéias claras e distintas são idéias gerais que não derivam do particular,