Reflexão sobre as Teorias e o Trabalho Docente.
Todo docente foi apresentado, durante sua graduação, a um conjunto vasto de teorias que foram norteadoras de seu fazer pedagógico. A tríade “behaviorismo-sóciointeracionismo-construtivisto” fundamentam e dão base à prática docente em sala de aula.
No entanto, nem sempre o que é teorizado acontece integralmente na prática, o universo da sala de aula é muito complexo e como cita Ana Luiza Smolka e Adriana Lapiane no texto ‘O trabalho em sala de aula: teorias para quê?’:
Destacar a complexidade da sala de aula faz emergir um conjunto de problemas sobre o funcionamento do ensino e da aprendizagem em um contexto que supõe uma quantidade de elementos infinitamente superior àquela geralmente considerada pelas teorias.
Para as autoras “a reflexão somente se torna possível se considerarmos as condições concretas em que se desenvolve a prática pedagógica e, principalmente, se centrarmos o eixo de reflexão do professor”.
A organização do trabalho pedagógico é realizada da forma qual o professor trabalha e lida com essa complexidade e com a maneira como ele interpreta as diferentes situações. Tudo está relacionado com sua história, sua experiência de vida e claro, sua formação acadêmica e sua busca incessante do conhecimento.
Segundo as autoras o docente então lança-se desta teoria como recurso material aplicar nas situações concretas. “O professor faz algumas opções e se relaciona, de uma maneira particular, com o conhecimento”.
Parece haver uma lógica da prática pedagógica, forjada na dinâmica social, que é concebida em termos de conceitos, conhecimentos, princípios teóricos, [...] explícitos para o professor. É o “deve ser” da prática pedagógica que constitui o “ideal”. Esse “ideal” não é único, não é estático e não é homogêneo. Permeado por imagens e valores [...] ele se constitui como ponto de referência, onde se configuram os parâmetros que orientam as práticas.
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