Reflexão: Encontro marcado com a loucura
A loucura sob o ponto de vista médico tem um significado biológico e fisiológico, totalmente medicamentoso. Pude perceber tais concepções a partir da influência de autores e estudiosos que contribuíram para o desenvolvimento de novos conceitos sobre a loucura. Apesar de grandes mudanças, a loucura, infelizmente, ainda não recebe sua devida importância. Por que as pessoas ainda acham que a solução para a loucura é o manicômio? Por que não buscamos novas concepções que visem integrar a subjetividade do sujeito no processo saúde e doença? Por que ainda acham que o remédio é a única solução?
Ora, não posso negar a importância do uso adequado da medicação; entretanto, não se pode esquecer que a medicação não cura os sujeitos que a utilizam. O ser humano continua a sentir seus medos, temores, paixões, sentimentos e expressam sua sexualidade; pois todos estes aspectos moldam a subjetividade humana. O que seria do homem sem a obscuridade do seu inconsciente e seus mecanismos de defesa?
A medicação controla, mas não cura o homem. A loucura não pode ser vista e pensada apenas sob o ponto negativo, pois a loucura pode ensinar muito, bem como promover as potencialidades, as possibilidades e a criatividade que cada indivíduo possui. Muitos sujeitos encontram o espaço para “ser”, apenas na loucura; uma vez que não conseguem lidar com a realidade tal como ela é.
Desse modo, pude concluir que o conceito de normalidade pode ter várias significações, pois cada área possui ideias divergentes, que em alguns casos, dificultam o tratamento dos sujeitos. Assim, a partir da leitura do livro e das discussões realizadas na disciplina Psicopatologia, inferi que para a realização de um bom diagnóstico é necessário o conhecimento do contexto no qual o sujeito