Reflexão do livro encontro marcado com a loucura
O padrão de beleza que é estabelecido muitas vezes, pela mídia, afeta muito mais as mulheres do que os homens. Segundo Ribeiro (2006), esta valorização do corpo magro pode causar insatisfação corporal e a partir daí gerar uma série de conflitos, ocasionando sérias patologias. Por conta deste padrão, as mulheres passaram a consumir muito mais produtos de beleza, a freqüência nas academias aumentou e as dietas se tornaram cada vez mais rígidas.
Segundo Serra (2001), a mulher magra é vista hoje por muitos, como sinônimo de sucesso e status, enquanto que a mulher mais gorda é vista com preconceito e fora do padrão. Este fato demonstra que os modelos de beleza, são sinalizadores de diferenças entre classes sociais. São criados estigmas, marcas sociais, para as mulheres que estão acima do peso e elas são obrigadas a conviverem com este estigma indesejável, que as desqualificam e as colocam fora dos padrões “ideais” de beleza. A gordura torna-se então, o maior inimigo das mulheres.
As mulheres de uma sociedade comum são influenciadas por atrizes e personalidades que aparecem na mídia com formas perfeitas e medidas corporais ideais. Porém, este modelo a ser seguido, exige uma manutenção que está fora da realidade financeira de uma mulher comum. Assim, estas mulheres se sentem cada vez mais pressionadas por este estigma e se tornam cada vez mais insatisfeitas com suas formas corporais, vivendo em função da idealização do corpo ideal e não valorizando o real. Renunciam o contato interno e perdem a conexão com seu próprio corpo, valorizando somente o que é do outro (Carreteiro 2005).
A supervalorização corporal é uma das principais causas dos transtornos alimentares, que são caracterizados por um padrão de comportamento alimentar gravemente perturbado. Um controle exagerado do peso corporal e distúrbios da percepção do formato do próprio corpo. Na verdade, os transtornos alimentares, possuem causas