Reflexão de leitura do livro encontro marcado com a loucura
Aconteceu uma coisa muito interessante na minha leitura, pois antes de começar este livro, eu estava lendo “ Nunca lhe prometi um Jardim de Rosas”, e na verdade, juntei as duas experiências e acabei a leitura dos dois ao mesmo tempo. Foi muito proveitoso porque enquanto de um lado eu experenciava a doença mental pelo lado “de dentro”, em “Um encontro marcado com a loucura”, eu a via pelo lado de fora, não menos impactante.
O livro vem nos mostrando um jeito de certa forma nova de ensinar e aprender Psicopatologia, que chama de jeito “mestiço”, pois deixa de lado a forma elitizada do passado, duma Psicopatologia centrada no modelo médico.
Acho importante destacar o papel do Dr. José Vilson do Anjos, responsável pelo desenvolvimento deste novo olhar da Psicopatologia. Destaque para a citação do livro do trabalho humanizante. do doutor no Hospital Psiquiátrico do Juqueri.
Depois de uma breve passagem pela história da loucura na humanidade, com todo o tipo de idéia equivocada que já foi associada à doença mental, chegamos ao desenvolvimento dos fármacos e o grande progresso trazido por eles no tratamento da loucura. Mas...o que será dos pacientes se ficarem restritos à medicação? Entra em cena a Psicanálise.
O que mais me marcou nesta leitura foi ler os relatos dos colegas estagiários, que já passaram pelas situações de contato com os internos dos hospitais psiquiátricos.
O curso de Psicopatologia da PUC, desde seu primeiro dia tem nos levado ao debate, questionamento e busca de soluções. Eu sinto que há uma preocupação em ir revelando ao aluno, de forma crescente, porém metódica e lenta o descortinar da realidade da doença mental, onde o louco é mostrado com sua face de ser humano, necessitado de empatia, de um olhar cuidadoso e verdadeiro.
O louco é um personagem que povoa nosso inconsciente, ao qual atribuímos características de agressão, violência. Lógico que