Reflexão crítica - percursos da escola inclusiva
Reflexão Crítica
Autor: Susana Cristina Pinheiro Martins I PAINEL - PERCURSOS DA ESCOLA INCLUSIVA
Assim, numa primeira abordagem, pretendo sublinhar os constrangimentos sócioeconómicos que afectam todos os grupos e culturas. Todavia, o mais importante do que resolver esta questão, é imprescindível resolver as questões que estes grupos têm em comum, como sendo: a sua exclusão. A complexidade da resposta à questão da exclusão deve-se ao facto de suscitar o levantamento de outras questões, tais como: “como proporcionar a todos as condições mínimas necessárias para se poder “estar” na escola?”, questão esta que, por sua vez, nos conduz a outras, nomeadamente, “como incluir alunos com NEE nas escolas? Por outro lado a resposta à questão é simples e necessita apenas de uma compreensão necessária para produzir práticas capazes de reduzir os constrangimentos. As conclusões de trabalhos realizados recentemente sobre a natureza das relações existentes entre as escolas e o meio envolvente apontam no sentido de que existem, por um lado padrões de diferença social e cultural relativamente à cultura rural e à cultura da escola, e por outro existem padrões de diferença social e cultural. Relativamente ao primeiro aspeto, pressupõe-se que o currículo seja mais sensível à diferença, a um sucesso escolar mais elevado e consequentemente ao acesso facilitado ao mercado de trabalho. Acerca do segundo aspecto há que salientar a existência de uma banalização do papel do ensino no que diz respeito à reprodução e à transformação da cultura dominante. Considero que o professor deve constituir-se como um agente promotor da democracia, implementando o princípio da igualdade de oportunidades, o que pressupõe uma atitude e um comportamento inter/multicultural. A educação inter/multicultural deve assumir-se como parte integral do “movimento” para a solidariedade e justiça social, proclamando-se como