Redução de danos

Redução de Danos é uma abordagem clínica e política usada para lidar com problemas relacionados ao uso de drogas e outras situações arriscadas (acidentes de trânsito, gravidez na adolescência, Prevenção HIV/DST/Hepatites, etc). Este trabalho surgiu nos anos 80, na Holanda, inicialmente a partir das próprias pessoas que usavam drogas, que passaram a cuidar de seus pares, procurando estratégias para minimizar os impactos negativos decorrente do uso destas substâncias, mesmo que eles continuassem usando drogas. No Brasil, esta Política iniciou-se com muitas dificuldades em 1989, em Santos, onde a Secretaria Municipal de Saúde de Santos realizou a primeira tentativa de distribuição de equipamentos para o uso seguro de droga injetavel (Piconez e trigueiros & Haiek, 2006). Nessa época, quando altos índices de transmissão de HIV estavam relacionados ao uso indevido de drogas injetáveis (Mesquita, 1991). Em 2002, a politica de redução de danos passou a integrar o Plano Nacional Sobre Drogas e as Políticas do Ministério da Saúde.
Pesquisa realizada pela UNESCO, em 2002, em escolas de 14 capitais brasileiras, apontou que cerca de 10% (438.899) do total de alunos pesquisados declaram que bebem regularmente. Uma média de 3,0% (141 mil jovens) declarou fazer uso diário/ou quase todos os dias/ou nos finais de semana de alguma droga ilícita. Um dado importante diz respeito ao uso de drogas injetáveis, onde cerca de 0,3% dos alunos das capitais pesquisadas afirmam fazer uso da via endovenosa, sendo a cocaína a principal droga.
Sendo a infância e adolescência períodos fundamentais para o desenvolvimento do indivíduo, a atenção dirigida pelo paradigma da Redução de Danos ao consumo de drogas, as DST/HIV/Aids e a vulnerabilidade social, entre crianças e adolescentes, deve ser caracterizada por intervenções comportamentais ética e socioculturalmente adequadas que visem ao aumento dos fatores de proteção (psicológicos, físicos e sociais) e a diminuição dos fatores de