Redução de danos

Redução de danos no uso abusivo de substancias psicoativas: uma estratégia possível?

Segundo Antonio Lancetti a Redução de Danos (RD) é uma politica e uma prática de saúde pública definida como uma série de procedimentos destinados a atenuar as consequências adversas do consumo de drogas, a RD é basicamente minorar o efeito abusivo do consumo.
As diversas formas de redução consistem em inserções na experiência rogada e na expansão de formas coletivizadas de afirmação de vida, tratando o dependente como paciente, atuando com equipe multidisciplinar e capacitada para abordagem e intervenção. Com isso não se conclui que tenha sido descoberta a solução para sanar o complexo problema das drogas, mas uma via de inserção que permite quebrar a barreira existente entre usuários abusivos e não usuários de substancias psicoativas. Existe entre os profissionais uma heterogeneidade de concepções sobre o que seja redução de danos e suas práticas
A abordagem consiste em sensibilizar os usuários no uso consciente da substancia. O que é mais prejudicial a um usuário de cocaína, o uso da substância ou a contaminação por HIV devido ao compartilhamento de uma seringa contaminada? A estratégia de redução de danos analisa essa questão sob a ótica da saúde, e propõe ações que possam, a nível biológico e psicossocial, reduzir os riscos do uso/abuso de substâncias psicoativas.
Segundo Caroline Brasil (2009), a história da redução de danos tem como marco inicial o relatório Rolleston, um documento elaborado por uma comissão interministerial na Inglaterra em 1926, que recomendava a prescrição de opiácios no tratamento de pacientes dependentes desta substância quando demonstrado que os ganhos decorrentes da administração de opiácios fossem maiores que os riscos decorrentes da síndrome de abstinência. O objetivo da prescrição era melhorar a qualidade de vida dos usuários e reduzir os danos relacionados ao uso da droga.
Os usuários não tinham tratamento adequado e eram considerados