Redução de Danos
Danos?
Redução de Danos se refere a políticas, programas e práticas que visam primeiramente reduzir as consequências adversas para a saúde, sociais e econômicas do uso de drogas lícitas e ilícitas, sem necessariamente reduzir o seu consumo. Redução de Danos beneficia pessoas que usam drogas, suas famílias e a comunidade. O foco dessa Estratégia Pública de Saúde não se assenta exclusivamente sobre os Programas de Redução de Danos e as ações de trocas de seringas, mas sim na constituição de ações de redução de danos que transversalizam os serviços da rede assistencial do SUS, em especial, os serviços de saúde mental (como os Centros de Atenção
Psicossocial - CAPS) e os serviços de atenção primária à saúde (como a Estratégia Saúde da Família).
Linha do tempo
1926 - Na Inglaterra, surgiram as primeiras sementes do
conceito de “redução de danos”. Um grupo de médicos definiu, no Relatório de Rolleston, que a maneira mais adequada de tratar dependentes de heroína e morfina era realizar uma administração monitorada do uso dessas drogas, de forma a aliviar os sintomas de abstinência.
1980 – A partir dos anos 80, a redução de danos surge de
forma sistematizada em programas de saúde.
Inicialmente, objetivando reduzir a contaminação pela hepatite B entre usuários de drogas injetáveis (UDI) e, posteriormente, pela contaminação pelo HIV.
1989 – No município de Santos (São Paulo), ocorreu a
primeira tentativa no Brasil de implantação do programa de redução de danos. Impedidos de fornecer seringas para os UDI como forma de evitar a contaminação pelo vírus HIV, em função de uma ordem judicial, os profissionais estimulavam o uso de hipoclorito de sódio para a desinfecção de agulhas e seringas reutilizadas.
1993 – O governo de Santos implantou o primeiro projeto
no Brasil, lançando mão da figura dos “redutores de danos” como agentes de promoção e prevenção em saúde. 1995 – Em