redes complexas
Modelagem de Epidemias
Henrique Fabricio Gagliardi1†, Domingos Alves2
Laboratório de Computação Científica Aplicada à Saúde Coletiva, LCCASC,
1.Programa de Mestrado em Ciências da Computação,
2. Programa de Mestrado em saúde Coletiva,
UNISANTOS,
11070-906, Santos, SP
E-mail: henrique.gagliardi@gmail.com, quiron@unisantos.edu.br
1. Introdução
Muitos dos desafios teóricos e computacionais enfrentados por epidemiologistas, são problemas de escala. Como representar as interações intrínsecas de uma população e seus elementos em um modelo e quais seriam as possíveis regras de transmissão a serem adotadas para que o espalhamento de uma epidemia ocorra efetivamente de acordo com o que se observa na natureza? Particularmente, a modelagem da heterogeneidade espacial é um tópico de grande importância em epidemiologia e nesse caso, as populações podem ser modeladas por meio de uma rede de contatos.
Vários são os tipos possíveis de redes de contato para modelar transmissão em epidemiologia, que vão desde uma rede extremamente regular de contatos na qual cada membro tem um número e intensidade de contatos experimentados igual e local
(interação entre vizinhos na rede) ou em outro extremo podemos ter uma rede onde cada indivíduo pode interagir com outro com a mesma probabilidade. Entretanto, ambas abordagens são biologicamente irreais, sendo que no primeiro caso o processo de infecção é lento (dado o alto nível de correlações locais introduzidas no sistema) e no segundo caso efetivamente não há espaço.
Um exemplo interessante de modelagem espacial de epidemias é o modelo de mundo pequeno recentemente proposto e estudado por Watts e
Strogatz [1], que busca mimetizar as interações entre os elementos de uma população. Eles analisaram um modelo baseado em grafos aleatórios cujas interações são mais prováveis de acontecer entre vizinhos mais próximos e ocasionalmente ocorrendo contatos com regiões mais distantes a
partir