Redes complexas
Danilsa Rodrigues Carreira
Atividade: Exemplo de problema modelado por Redes Complexas O dilema do “E agora? Não lembro...” O sistema nervoso é formado por neurônios (nós) e sinapses (arestas) que “conectam” os neurônios entre si. Um acontecimento marcante estabelece uma sinapse forte, ou seja, uma aresta “de peso” entre os neurônios. Sendo assim, no que consiste o esquecimento?
Figura 1
Várias vezes nos deparamos com nós mesmos tentando se lembrar de algo importante, mas que de forma alguma vem à tona. Marlene pode se perguntar: “Qual era mesmo o nome daquela pessoa?”... Isso acontece porque a informação que tentamos buscar não foi considerada importante por nós mesmos. Assim, a “aresta” criada entre os neurônios não é considerada tão forte quanto à aresta que se refere àquela viagem tão sonhada que Marlene fez no verão passado. A viagem foi muito mais marcante do que o rosto da pessoa, por mais cruel que isso possa parecer. A sinapse criada para o nome do indivíduo começa a enfraquecer com o tempo, até que não seja mais possível mais acessar tais dados [1]. Ora, sendo a força das sinapses o fator determinante para uma boa memória, podemos fortalecer nossa rede complexa mental tornando os fatos mais marcantes. Certamente, Marlene se lembraria do nome da pessoa caso tivesse notado algo marcante na sua personalidade ou na sua aparência: “Fulano é mais alto do que eu. Aliás, ele parece ser bastante inteligente”. Afinal, quanto mais marcante, maior a sinapse. [2] Tanto é que o maior problema do estudante é não fixar o que lê. Este problema pode ser muito bem mapeado e resolvido através do exercício da
memória, ou seja, aprimorando nossa rede complexa mais preciosa, criando conexões novas a partir daquilo que já é conhecido.
Figura 2
Em resumo: quanto mais informações Marlene associar ao nome da pessoa da qual quer se lembrar, mais sinapses (arestas) serão criadas para acessar tal