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A criação do Sistema Único de Saúde já promoveu profundas mudanças no acesso à Saúde, mas isso ainda não é o suficiente. Faz-se necessário que haja alterações significativas na formação e desenvolvimento dos profissionais da área. Desta forma a Educação permanente em Saúde entendida como aprendizagem-trabalho precisa acontecer no cotidiano das pessoas e das organizações.
Segundo Ceccim (2005a, p.175), a educação permanente em saúde “ é uma estética pedagógica para experiência da problematização e da invenção de problemas”. No setor saúde, esta estética é condição para o desenvolvimento de uma inteligência da escuta, do cuidado, do tratamento. Isto á uma produção de aprendizagens relativas à vida individual e coletiva de todos envolvidos no processo ensino serviço.
Sendo um processo pedagógico que coloca o cotidiano do trabalho ou da formação em saúde como forma de qualificar o profissional a educação permanente parte do pressuposto que aprender e ensinar devem integrar a prática diária dos profissionais de saúde, pois por meio delas estes refletem sobre as diversas realidades e os modelos de atenção em saúde em que estão inseridos, com o intuito de identificar as situações problemas (Stroschein e Zocche, 2012).
Para Peduzzi e colaboradores (2009), a educação permanente em saúde está centrada no exercício cotidiano do processo de trabalho como fonte de conhecimento na articulação entre atenção à saúde, gestão e controle social, voltada à multiprofissionalidade e à interdisciplinaridade, com estratégias de ensino contextualizadas e participativas.
O que se percebe é que a relação ensino serviço e sua importância na gestão das ações corroboram o que afirma Ceccim(2005a) que faz referência à integração entre o ensino, os serviços, a gestão setorial e o trabalho no SUS. O autor reforça que ao mesmo tempo, essa parceria deveria reconhecer a necessidade de disputa pela atualização