Racismo discursivo e a mulher negra
RACISMO DISCURSIVO E A MULHER NEGRA: ANÁLISE A PARTIR DOS PERSONAGENS PRESENTES NA PUBLICIDADE E NOS CADERNOS DE SAÚDE DE JORNAIS IMPRESSOS Wellington Oliveira dos Santos1
Universidade Federal do Paraná
ao mesmo tempo em que propõe uma homogeneidade cultural ao brasileiro; c) o branco é tratado como representante natural da espécie humana (branquidade normativa); d) a estereotipia na representação do homem e da mulher negra, adulto ou criança é recorrentemente assinalada nas diversas mídias. Alguns pontos do discurso racista brasileiro são observados em países diversos da América Latina (ver VAN DIJK, 2008). A publicidade, como parte da mídia, segue a regra de manter o negro ausente ou
Paulo Vinicius Baptista da Silva2
Universidade Federal do Paraná
RESUMO Esta comunicação faz a análise de formas discursivas atuantes no discurso midiático brasileiro com o sentido de estabelecer hierarquias raciais (brancos e negros) e de gênero (homens e mulheres). Utilizando exemplos de pesquisas no campo da publicidade publicada em jornais paranaenses e nos cadernos de saúde desses mesmos jornais, analisa: 1) a racialização de personagens brancas e negras, com o uso de estratégias discursivas que estabelecem os personagens brancos como padrão de humanidade (analisamos com o conceito de branquidade normativa) e racializam a personagens negras, particularmente a personagens femininas negras, construindo espaços de subalternidade para tais personagens; 2) a hiper-valorização de aspectos europeus, particularmente nórdicos, compreendida a partir do conceito de estética ariana, que atua como forma de hierarquização racial e desvalorização, principalmente, de indígenas e negros. Nessa comunicação analisamos formas discursivas presentes no discurso midiático brasileiro, em corpus constituídos pela publicidade de jornais paranaenses e os cadernos de saúde presentes nos mesmos jornais. A proposição é discutir algumas formas específicas de hierarquização entre brancos (as) e