Quilombolas
Dentro do nosso estado existem várias comunidades quilombolas e iremos falar de uma delas, a Comunidade Chácara Butiti a 25 km de Campo Grande. A Chácara Buriti existe desde a primeira década do século XX que desde então passou por inúmeras transformações e a que mais se destaca é a atividade produtiva, principalmente o cultivo de hortaliças. A olaria era a principal atividade econômica da Chácara Buriti. A comunidade tem mais de 100 anos de história, está localizada na BR-163, próximo a Anhanduí, distante 27 quilômetros da Capital e hoje é formada por 87 pessoas de 26 famílias. Mas que no fim das contas resulta em uma só, todos descendentes de João Antônio da Silva. A bisneta dele que a presidente da Associação da Comunidade Negra Rural Quilombola Chácara Buriti, Lucinéia de Jesus de 29 anos, declara: “Ele viveu a semi-escravidão. Teve contato com ex-escravos então tinha noção do que era não ter pedaço de chão.”
A Comunidade Chácara Buriti foi a primeira do país a receber do Ministério do Desenvolvimento Agrário o selo “ Quilombos do Brasil” , que irá atestar a origem e principalmente a cultura dos produtos cultivados e processados na comunidade e com isso trazendo um valor a mercadoria produzida.
Os Quilombolas , foram uma estratégia contra o regime de escravidão. Diante de tanta dureza no trabalho e jornadas extensas de horas que demandavam esforços físicos e duras punições e açoites com chicotadas que abriam feridas na pele, mutilações ou até mesmo castrações. Os escravos sabotavam a produção, assassinando os feitores e até mesmo famílias dos senhores. Era considerado “quilombo “ a habitação de 5 ou mais negros que fugiam para lugares desabitados. E assim nasceram os quilombos, através das fugas dos negros que se escondiam para as matas em lugares de difícil acesso. Eles produziam e plantavam para seu sustento, constituíam famílias e viviam em sociedade. Os escravos buscavam uma forma de vida e cultura. E mesmo diante de tantas