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7- CARACTERIZAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
7.1- Aspectos Quantitativos - disponibilidades hídricas
A determinação da disponibilidade hídrica subterrânea (neste caso considerando-se a oferta do recurso disponível) depende das propriedades hidráulicas do aqüífero, que definem a capacidade de produção dos poços, e da definição das reservas explotáveis, que correspondem ao volume anual passível de ser explotado sem causar efeitos indesejáveis tais como diminuição da vazão de rios, abandono de poços e etc.
Os parâmetros hidráulicos, tais como a vazão máxima explotável, são parâmetros operacionais que apontam a capacidade de extração de água dos poços profundos e não uma quantidade efetivamente disponível para uma explotação contínua e sustentável. Por isso, o reconhecimento das potencialidades de produção dos aqüíferos não pode ser obtido apenas por meio das indicações destes parâmetros. Parte do volume de água deve ser mantido para a alimentação dos cursos d’água, surgindo assim os conceitos de reservas reguladoras e reservas explotáveis.
As reservas explotáveis correspondem à quantidade máxima de água que poderia ser explotada de um aqüífero, sem riscos de prejuízo ao manancial. Como efeitos indesejáveis, poder-se-ia considerar (Young, 1970 e Wisscher, 1968, in Feitosa & Manoel Filho, 2000):
1. Sob o ponto de vista hidrológico: que se exceda a recarga média anual;
2. Sob o ponto de vista econômico: que os níveis piezométricos desçam abaixo da profundidade econômica de bombeamento;
3. Sob o ponto de vista de qualidade: que se permita a entrada de águas de qualidade indesejável;
4. Sob o ponto de vista legal: que se afete direitos de outros usuários em decorrência do esgotamento ou redução sensível da descarga de base dos rios ou de poços pré-existentes;
5. Sob o ponto de vista agrícola: que nos aqüíferos freáticos com nível pouco profundo, este não desça o suficiente para danificar a vegetação natural, paisagem e cultivos típicos da região, e;