qualquer um
Lara e Karen estavam sendo esperadas por muitos. Quarto decorado, carrinho de bebê e muito amor em meio a ansiedade da chegada.
Em lugar de um registro de nascimento, ganhamos um atestado de óbito. Em lugar de um hospital, o IML. Em lugar de um nascimento, um sepultamento.Em lugar de risos, o choro se fez.
Em meio ao desespero Deus nos abandonou... Não! Em todo o tempo estava Ele a cuidar de nós. E continua sendo o Deus de nossas vidas, em cuidados soberanos de todos aqueles que o amam, e nós o amamos.
E se Jesus não tivesse nascido? Não teria uma virgem grávida, menos um menino levado. Uma perseguição às crianças, um adolescente cheio de querer saber mais que os outros. Sem o nascimento de Jesus não teria o dia de Natal, feriado nacional. Algo comum aos nossos dias uma criança deixou de nascer.
E se Jesus não tivesse sido crucificado? Mais um absolvido da desumana punição da qual muitos foram punidos duramente. Sem a cruz não teria o superlativo da Paixão de Cristo. Em meio a muitos que foram mortos na cruz nem seria notado, um a mais ou um a menos. Assim como recebemos não tão freqüente a notícia que alguém foi preso indevidamente por um erro judicial.
E se Jesus não tivesse morrido? Seria menos um óbito. Talvez morresse mais velho um ou dez anos a mais. Seria por fadiga da vida, lepra ou uma batalha comum da época.
Afinal, a morte é comum a todos. É tão natural como nascer e indubitavelmente o fim da linha reta sem desvio de todos que veio ao mundo. Independente de credo religioso, de data de nascimento ou tempo de vida, em berço de ouro ou em uma manjedoura, com 33 anos de idade ou com 83 anos. Ninguém morre de quase ou na véspera. Se não morresse naquele dia, com certeza teria morrido em outra data.