Qualidade de vida
MARIA ELENICE QUELHO AREIAS
DOUTORA EM SAÚDE MENTAL PELO DPMP/FCM/UNICAMP
ALEXANDRE QUELHO COMANDULE
PSICÓLOGO CLÍNICO, MEMBRO DO LABORATÓRIO DE SAÚDE MENTAL E
TRABALHO DO DPMP/FCM DA UNICAMP
O
Estresse no Trabalho e a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) têm sido objeto de estudo crescente no Brasil, na União Européia, Estados Unidos e demais países principalmente pela alta incidência e prevalência do sofrimento mental do trabalhador levando-o ao adoecimento físico e/ ou mental e gerando altos custos para empresas e governo decorrentes da baixa produtividade, de afastamentos médicos e do absenteísmo. O estudo da interação dos transtornos mentais e do comportamento relacionados ao trabalho tem obtido cada vez mais visibilidade nacionalmente e internacionalmente. No Brasil (CAMARGO & NEVES, 2004), já foram atualizadas normas regulamentando o assunto, tais como: a) Nova Regulamentação sobre Doenças Profissionais e do Trabalho do Decreto n° 3048 do Ministério da Previdência e Assistência Social no dia 06/05/1999, e b) Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho da Portaria n° 1.339/GM, de 18/11/1999, que aborda também um capítulo específico sobre Transtornos Mentais e do
Comportamento relacionados ao trabalho.
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Neste capítulo, abordaremos o impacto das mudanças políticas, econômicas e sociais nas relações de trabalho e na qualidade de vida do trabalhador e na sua Saúde Mental, evidenciando o estresse ocupacional que pode levar ao aparecimento da Síndrome de Burnout.
A Associação Americana de Psicologia (APA) e o Instituto Nacional de Saúde e Segurança Ocupacional (NIOSH NATIONAL INSTITUTE FOR OCUPATIONAL SAFETY AND
HEALTH, 1999) apresentaram sua 4ª conferência dedicada a examinar as causas, efeitos e prevenção do estresse no local de trabalho. Essas instituições juntaram esforços para divulgarem a Conferência sobre o trabalho, estresse e saúde focalizando a atenção para