Pênfigo Vulgar – Epitélio de Revestimento-
O pênfigo vulgar é uma doença de caráter autoimune. Isso pode ser evidenciado pela presença de autoanticorpos específicos para o epitélio de revestimento estratificado.
De modo geral, as bolhas e as vesículas resultam de produção anormal de autoanticorpos contra as desmogleínas do tipo 3. Estas, por sua vez, são glicoproteínas presentes nos desmossomos, estruturas responssáveis por fazerem a união entre as células.
Assim as desmogleínas se unem aos autoanticorpos, ocorrendo, portanto, um ataque imunológico aos desmossomos. Uma vez destruídos os desmossomos, as células perdem sua adesão, caracterizando o fenômeno da acantólise, ou seja, a perda de contato entre as células.
Surge assim, uma fenda localizada no interior do epitélio, logo acima da camada basal, havendo uma separação entre esta camada e a camada espinhosa. Esta fenda é, então, preenchida por líquido ou material sanguinolento, ocorrendo assim, a formação de uma vesícula ou bolha que se rompem facilmente.
Portanto, o pênfigo vulgar caracteriza-se pela formação de uma vesícula ou bolha inteiramente intraepitelial, logo acima da camada basal, produzindo uma fenda suprabasilar bem visível. Há uma perda de coesão entre as células (acantólise) na camada espinhosa.
Sendo assim, grupos de células podem ser encontrados flutuando neste espaço intraepitlial ou vesicular. Estas células são conhecidas como células de Tzanck.
Há imunoglobulinas, predominante IgG, presentes nos espaços intercelulares, tanto no epitélio da lesão quanto no epitélio clinicamente normal adjacente à lesão.
Referência Principal:
MATOS CRUZ e BASCONES MARTÍNEZ, R. e A. Pénfigo: Una revisión de la literatura. Scielo. Madrid mar.-abr. 2009. http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0213-12852009000200003&lang=pt
Data de acesso: 13/12/2013.
Referências:
BELLO, CORNEJO, DECHENT, GONZÁLEZ. C. L. C. S. Pénfigo vulgar tipo cutáneo. Caso clínico. Scielo. Rev. méd. Chile