PU CRIMES CONTRA A PESSOA

COULANGES, Fustel. A cidade antiga.—São Paulo, Martin Claret, 2009.

CREDENCIAIS DO AUTOR:
Fustel de Coulanges foi um historiador francês, positivista e gênio do século XIX. Sua obra mais conhecida é A Cidade Antiga, publicado em 1864. Sendo esta um verdadeiro estudo dissecado da história civil do mundo Greco-Romano, apresentado de forma cronológica, discorrendo sobre a origem do Direito e da Religião.
RESUMO:
Esta obra de FustelCoulanges aborda um estudo das instituições e da mentalidade do povo grego e do povo romano. O autor propaga seu estudo numa linha diretiva, acreditando que a base da sociedade grega e romana foi dada pela religião primitiva, ele utiliza neste livro argumentos muito fortes e convincentes, tentando mostrar como a religião dos gregos e dos romanos foram essenciais para a construção de suas instituições, bem como do direito, da conduta, da moral etc. E foram essas antigas crenças que deram base a sociedade primitiva. Desta forma, o livro A cidade antiga, nada mais é que uma viagem pela mentalidade dos romanos e dos gregos, desde o momento mais primitivo até a chegada do cristianismo.
LIVRO 1: ANTIGAS CRENÇAS
“Nas cidades antigas, a lei atingia os grandes culpados como um castigo considerado terrível, a privação de sepultura” (p. 27).
“Os mortos eram tidos como seres sagrados” (p. 30).
“Esse fogo era algo de divino; adoravam-no, prestavam-lhe um verdadeiro culto” (p. 35).
“(...) a religião doméstica só se propagava pelo lado masculino” (p. 48).
Por muito tempo na Grécia e em Roma, a morte foi encarada não como o fim da vida, mas como uma mudança da mesma, ou seja, a alma passava para uma segunda existência e ainda assim continuava associada ao corpo. No entanto, eles nunca acreditaram que os mortos pudessem ir para uma morada celestial, esse pensamento é muito recente, eles acreditavam que apesar de ir para uma nova existência, sua alma ainda permanecia sob a terra, continuava a viver entre os homens. Acreditavam também que todas as