PSICOPEDAGOGIA
A Psicopedagogia enquanto campo de estudo que tem como objeto os problemas de aprendizagem, preocupa-se com a aprendizagem em toda sua extensão, entendendo esta como um processo intrínseco na educação. Percebe-se que o surgimento da Psicopedagogia seguido por Kiguel nasce “na fronteira entre a Pedagogia (Pedagogia é uma ciência ou disciplina do ensino que começou a se desenvolver no século XIX. A pedagogia estuda diversos temas relacionados à educação, tanto no aspecto teórico quanto no prático); e a Psicologia (é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, a Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta, o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência... ) , a partir das necessidades de atendimento de crianças com distúrbios de aprendizagem, consideradas inaptas dentro do sistema educacional convencional” (1991, p.22), ou seja, sistema onde todos deveriam aprender igualmente e ao mesmo tempo, ignorando o fato de que cada indivíduo é único. Porém a preocupação com os problemas de (não) aprendizagem, pois o problema na aprendizagem, e a inexistência de uma aprendizagem bem sucedida, que fez com a Psicopedagogia ganhasse espaço próprio, pesquisas e representantes em várias partes mundo. No início do século XX o enfoque orgânico orientou os médicos, educadores e terapeutas na definição dos problemas de aprendizagem, neste período foram estimulados os estudos neurológicos, neurofisiológicos e neuropsiquiátricos, desenvolvidos em laboratórios junto a hospícios que classificavam rigidamente os pacientes como anormais. Aos poucos os conceitos de anormalidade foram inseridos nas escolas, consequentemente a criança que não conseguia aprender era taxada como anormal, devida a causa do seu fracasso escolar ser atribuída a alguma anomalia anatomofisiológica.