Psicopedagogia
Em outra perspectiva, a Psicopedagogia surgiria a partir do ano de 1946, acompanhado do aparecimento dos primeiros Centros Psicopegagógicos na Europa e em Paris, criados por Juliet te Favez-Boutonier e George Mauco, Bossa (1994) e Masini et al. (1993). Para Masini et al. (1993), Mauco teria explicado que o termo “psicopedagógico” foi empregado nestes centros em substituição à expressão “médico- pedagógico”, já que os pais aceitavam sem maiores questionamentos encaminhar suas crianças para consultas psicopedagógicas, do que médicas. Neste período, a Psicopedagogia tinha entre os seus objetivos essenciais, auxiliar as crianças e os adolescentes que exibiam dificuldades de comportamento (na escola ou na família), evidentemente que seguindo padrões comportamentais considerados normais ou não para a época. A psicopedagogia possuía o comprometimento de reeduca-las (BOSSA, 1994). O método da reeducação incidia em identificar e tratar dificuldades de aprendizagem, ação medicamentosa, categorização de desvios e de preparação de planos de trabalho. O embasamento da psicopedagogia neste período origina-se essencialmente da Psicologia, da Psicanálise e da Pedagogia e o tipo de abordagem dominante era o médico-pedagógico. As equipes dos centros Psicopedagógicos constituíam-se por profissionais de várias áreas (psicólogos, psicanalistas, pedagogos, reeducadores de psicomotricidade, de escrita etc.), o profissional da medicina era responsável por diagnosticar o individuo (MASINI et. al, 1993). Desenvolvia-se uma investigação: da vida familiar, das relações conjugais, das condições de vida, dos métodos educativos,