Psicopedagogia
A psicopedagogia surge no final do século XIX na Europa voltada para a compreensão em entender e sanar problemas de aprendizagem, em um momento em que a escolaridade adquire papéis e funções distintas.
A sociedade assume uma condição tecnicista influenciando de forma direta a sobrevivência econômica das pessoas, necessitando que elas procurassem instituições que oferecessem atualizações e novos conhecimentos para se manterem empregados em uma sociedade que vinha adquirindo cada vez mais progressos técnicos e científicos, reforçando assim a crença de que as diferenças individuais seriam as responsáveis não só pela desigualdade social, como também o fracasso escolar.
Nesta mesma época existia uma forte influencia da ciência que apontava formas de explicar a desigualdade social produzido na cultura ocidental que tinha a convicção e que o saber, fruto de pesquisas cientificas, ampliava as possibilidades de ações na tecnologia. Desta forma, as teorias evolucionistas de Darwin contribuem para fundamentar os laboratórios de psicologia experimental que tinham como objetivo provar que a capacidade intelectual vem de aptidões naturais e humanas, herdadas geneticamente.
A partir desse novo contexto social, expansão do capitalismo e da necessidade de um saber especializado, passamos a ter sujeitos contemporâneos que não possuem um projeto de vida que se encaixe nessa nova realidade.
Diante de tal situação surgem estudiosos com interesses em compreender e entender as pessoas que apresentavam deficiências sensoriais, debilidade mental e outros problemas que afetam diretamente o processo de aprendizagem. De acordo com Janine Mery (1985) os pioneiros nos tratamentos de aprendizagem do século XIX, são: Itard – notabilizou-se com o caso da reeducação de um enfant sauvage, realizando estudos sobre a percepção e o retardo mental; Pereire – preocupou-se com a educação dos sentidos: visão e tato; Pestalozzi – inspirado em Rousseau foi