Psicologia organizacional
1798 palavras
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A Psicologia Organizacional como fonte de questionamento das teorias de organização As teorias de organização, como qualquer outra teoria, nascem de momentos históricos precisos. No caso restrito das teorias organizacionais é possível dizer que surgem a partir de uma determinada concepção de indivíduo ou de subjetividade, bem como de um determinado estágio do processo produtivo, compreendido em seus aspectos mais amplos (relações de trabalho, estruturação das empresas, mercado de consumidores e de trabalhadores etc.). Neste sentido, elaborações teóricas são feitas e refeitas tendo em vista não a pertinência meramente epistemológica, mas sim tendo em vista fortes condicionantes práticos e/ou pragmáticos, os quais configuram o espectro de atuação e de abrangência de tais teorias. A psicologia organizacional, antes entendida como psicologia industrial, evolui em sentido compassado com as noções centrais do corpo de crenças do saber psicológico, tais como a própria idéia de subjetividade. Em estágios temporais, pode-se destacar as teorias ditas fusionais, calcadas na Escola de Relações Humanas, cuja meta era integrar o “lado humano” do trabalhador na cadeia produtiva. Neste texto estarei preocupado em traçar uma linha imaginária entre a modernidade e a pós-modernidade do saber psicológico, somando tudo isso à configuração contemporânea do trabalho e das próprias organizações, pois não haveria nenhum sentido em desconectar esse conjunto de fatores de constituição das teorias de organização e da psicologia organizacional. Assim, em primeiro lugar, vou traçar algumas rápidas características do discurso moderno a propósito das referidas teorias e, em seguida, descrever algumas das principais características da chamada pós-modernidade e do tipo de pensamento que ela procura inaugurar. Em sintonia com isso, vou tentar traçar algumas das novas fronteiras que a psicologia organizacional tem à sua frente, fronteiras que demandam dela novos olhares, novos esforços e