A poupança é uma virtude
Introdução
Ao optar por este tema quis aprofundar uma das principais causas da actual crise económica e financeira: a falta de liquidez das empresas e o endividamento individual e das famílias que provém na grande maioria das vezes da falta de poupança.
A crise que vivemos hoje deveu-se em grande parte ao facto de se atribuírem créditos de alto risco a pessoas com rendimentos baixo e com uma situação económica instável – o subprime. Surgiu quando a Reserva Federal norte-americana (Fed) resolveu começar a baixar as taxas de juro para estimular o mercado imobiliário, com o intuito de controlar os efeitos dos ataques terroristas do 11 de Setembro nos mercados de tecnologias. Nessa altura a criação de emprego e o investimento empresarial representavam níveis baixos e a taxa de juro descia. Simultaneamente, as várias instituições bancárias deixaram de ser tão exigentes nas condições requeridas para conceder créditos. Quando a Fed começou a subir de novo os juros, rebentou o problema: com juros mais altos acompanhados pela queda dos preços das casas, as famílias ficaram sem capacidade para saldar as suas dívidas. Daqui resultou a falta de liquidez na banca. Esta crise chega à Europa pois como os mercados estão interligados através de bancos e fundos europeus com investimentos em produtos das instituições norte-americanas que operam no segmento subprime, a crise de liquidez atingiu também a Europa.
Em Portugal o subprime estava mais associado ao crédito ao consumo. Nessa altura a situação tornou-se preocupante pelo facto do nosso país ter um dos níveis de endividamento mais elevados da Europa e o peso dos créditos vencidos ou de cobrança duvidosa, no total de empréstimos bancários, continuar a subir.
Perante toda esta situação, os investidores começaram a fugir das bolsas vendendo as acções de forma maciça pois os lucros das empresas caíam e os especialistas falavam em recessão nos E.U.A. A falta de