Resumo - o principe de maquiavel
Com base na observação de procedimentos da ação dos grandes homens (os líderes, no dizer de Maquiavel) e no conhecimento adquirido pela leitura de tal ação em diferentes momentos da história, o segundo secretário do Dieci fundamenta sua teoria do poder. Esta tem dois princípios básicos: a legitimidade e a organização.
Legitimidade implica em saber o Príncipe ser aceito como poder pelos dominados. Organização implica em ter boas leis e boas armas. Boas leis, na ótica de Maquiavel, são os que asseguram o poder centralizado e boas armas são aquelas inteiramente fieis e obedientes ao Príncipe. É uma fórmula quase matemática que possibilita a quem souber utilizá-las o exercício do poder.
Portanto, não basta à legitimidade e a organização, só o Príncipe que saiba atuar de acordo com a necessidade do momento (tiver virtù) será capaz de neutralizar o imprevisível (a fortuna). Virtù e fortuna constituem as categorias ontológicas que fundamentam a teoria política proposta em O Príncipe.
Maquiavel pensa o poder como algo de imanente e não como transcendente, em decorrência pensa as relações entre os homens como um jogo de forças regidas por explicações intrínsecas e naturais. Isto o permite compreender o “fazer política” – cujo objetivo é conquistar e manter do poder - como algo que tem regras e leis próprias, não redutíveis às regras da moral tradicional. Reconhecido como o fundador do pensamento e da ciência política moderna, pelo fato de haver escrito sobre o Estado e o Governo como realmente são e não como aparentemente deveriam.
2 – SOBRE O AUTOR
Segundo uma das inúmeras versões do clássico O Príncipe como a da Editora Martin Claret e nos diversos sites, Nicolau Maquiavel ou Niccolò di Bernardo dei Machiavelli teria nascido em Florença em 3 de maio de 1469 e falecido em 21 de junho de 1527, cidade esta na qual teria começado a se engajar na vida política. Fora secretário da República, chanceler