Solução para o aquecimento global
A Grã-Bretanha precisa construir novas usinas nucleares, gerar mais eletricidade a partir de ventos e ondas e conter a demanda interna a fim de combater o aquecimento terrestre e evitar problemas no abastecimento, afirmou um porta-voz do primeiro-ministro Tony Blair.
O porta-voz também ressaltou a necessidade de reduzir a dependência do país em relação ao gás e ao petróleo no momento em que diminui o fornecimento vindo do mar do Norte.
"Boas intenções não serão suficientes para manter as luzes acesas", afirmou o porta-voz a repórteres, na terça-feira.
"A energia nuclear não é a única resposta, mas as fontes renováveis de energia ou o uso mais eficiente de energia tampouco são as únicas respostas. Precisamos de uma mistura".
"Precisamos passar das boas intenções e enfrentar a dura realidade de um mundo no qual a energia se tornou mais cara, no qual este país está deixando de ser um país auto-suficiente para se tornar um país com potencial de ser dependente 90 por cento da importação (de recursos energéticos)", acrescentou.
A energia nuclear responde por 20 por cento da eletricidade consumida na Grã-Bretanha, mas essa cifra deve cair para apenas 6 por cento, já que todas as usinas envelhecidas, com exceção de uma, devem encerrar suas atividades dentro de 20 anos.
O porta-voz deu as declarações antes de o ministro britânico do Comércio, Alistair Darling, apresentar ao Parlamento um relatório sobre o setor energético no qual deve expor os planos sobre a estrutura do setor elétrico da Grã-Bretanha para, no mínimo, as próximas duas gerações.
A decisão de construir um novo conjunto de usinas nucleares deve incentivar a indústria global do setor, que começa a se recuperar da explosão, em 1986, do reator atômico de Chernobyl.
A energia nuclear, considerada por alguns uma arma na luta contra o aquecimento global porque não emite gases do efeito estufa, e a segurança no fornecimento de combustíveis são