Professor
Ver também: Entradas e bandeiras
Divisão administrativa do Brasil após a Guerra dos Emboabas.
A região do atual estado de Minas Gerais foi ocupada, até o século XVI, por povos indígenas do tronco linguístico macro-jê: os xacriabás, os maxacalis, os crenaques, os aranãs, os mocurins, os atu-auá-araxás e os puris, entre outros7 .
Antes de se chamar Minas Gerais, o estado teve outros nomes como: Campos de Cataguá (na época das entradas e bandeiras), Minas Gerais dos Goitacazes, Minas Gerais do Ouro Preto, Capitania de Minas Gerais, Província de Minas Gerais e outros. O desbravamento da região pelos europeus teve início no século XVI, por bandeirantes paulistas que buscavam ouro, pedras preciosas e escravos índios.
Em 1693, as primeiras descobertas importantes de ouro na Serra do Sabarabuçu e nos ribeirões do Carmo e do Tripuí provocaram um grande afluxo migratório à região. Em 1696, foi fundado o arraial de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, o qual, em 1711, se tornou a primeira vila de Minas Gerais, núcleo original do atual município de Mariana.
Já na correspondência do embaixador francês em Lisboa, Rouillé, há a primeira menção ao ouro chegado na frota em 1697, quando se referiu a ouro peruano, equivocadamente - haviam chegado 115,2 quilos de ouro do Brasil, seguramente. Faltam elementos para julgar o ouro entrado no Reino de 1698 a 1703 mas Godinho, sem citar a fonte, menciona, em 1699, 725 quilos e, em 1701, 1 785 quilos.
André Antonil, em seu livro Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas, escrito em 1711, detalha a situação difícil dos primeiros "geralistas" (depois chamados "mineiros"), citando a alta carestia de vida, a falta de alimentos, os ataques dos índios e o alto preço dos escravos.
A descoberta das minas e a exploração do ouro desencadearam alguns conflitos, sendo os mais importantes a Guerra dos Emboabas (1707-1710) e a Revolta de Felipe dos Santos.
Ciclo do ouro
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